P I N C I L A D A: Group Show

Overview

Com o intuito de mapear novas propostas da produção artística nacional a Baró galeria vêm realizando uma série de mostras coletivas afim de documentar e difundir novos fazeres artísticos dos dias de hoje.
Sequencialmente as mostras “Arsenal”, “20 poucos anos” e “Álbum: coletiva de fotografia contemporânea” a galeria apresenta:  “Pincilada: coletiva de pintura contemporanea”.
Desta vez o foco não esta somente atrelado a técnica pictórica proposta pelo título como também a uma análise das diferentes buscas temáticas e conceituais presentes nas pinturas deste grupo de artistas.
O artista Jorge Menna Barreto foi convidado a intervir na mostra propondo o título e também exibindo seu mais recente trabalho composto por um jogo de palavras que estará em exibição em um tapete de capacho ao centro da mostra.

“gosto da ideia de pensar uma obra enquanto uma cilada, ou uma emboscada, que exige um desvelar. na origem da palavra cilada, há cellare, que significa ocultar. as boas obras têm um veneno, guardam um perigo. à espreita, esperam para picar ou morder. inverte-se aqui a ideia da pintura como revelação, para pensá-la enquanto velamento. com a pincelada, opera-se então um ocultamento sob camadas, muito distante da pintura histórica ou documental. a prática é repensada no mundo atual da hipertransparência e da tirania da visibilidade. vale pelo que vela, pelo que não diz, pelo que esconde sob a pincilada”. JMB

A partir deste pensamento foram selecionados os artistas, alguns com uma trajetória mais consolidada como a do pintor Paulo Whitaker e de Eduardo Srur; o ultimo que transborda a tela para as intervenções na cidade.
Outros que questionam o próprio ato de pintar como Felipe Barbosa, José Spaniol e Marcone Moreira; na produção de peças que estão despretensiosamente calculadas.
A nova produção esta a cargo dos jovens talentos Fábio Baroli e Daniel Lannes, que com uma visão mais literal do dia-a-dia apontam em seus trabalhos novas formas figurativas e temáticas que saltam ao olhar antes mesmo da primeira pincelada.
Já André Andrade e Luciano Deszo se apropriam da fotografia para retratar  angulos incomuns da representação da paisagem; como num loop de uma montanha-russa ou um reflexo de um corpo em uma água parada.
Luiz Martins vai além da ‘tinta sobre tela’ inserindo espacialidade em suas construções pictoricas.
E por fim, Bruno Baptistelli que vai além da canvas apresentando um site-specific no espaço da galeria que dialoga diretamente com o processo de construção de suas pinturas de paisagens geométricas, criando uma linha ‘invisivel’ que distancia o publico das peças exibidas.
Esta seleção de obras aborda diferentes contextos para uma visão singular da pintura no século XXI. Uma ‘pintura reencarnada’ proposto pela curadora Angélica de Moraes em sua mostra curada no Paço das Artes em 2004; ou uma ‘pintura expandida’, presente na junção da técnica com outras mídias que refletem diretamente na proposta da mostra: não ver somente obras mas também apostas de uma geração de artistas pintores

 

 

 
 
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