HEARTBEATS: CHRISTIAN BOLTANSKI

Overview

A Baró Galeria tem o prazer de anunciar Heartbeats, primeira exposição do artista francês Christian Boltanski em uma galeria na América Latina. A mostra, a ser inaugurada no dia 1 de agosto de 2015, é composta por uma única instalação imersiva que ocupará o térreo do espaço da galeria nos Jardins, em São Paulo.

A instalação é uma adaptação da obra “work in progress” Les Archives du Coeur (Os Arquivos do Coração) que, desde 2005, vem percorrendo diversas instituições de arte coletando batimentos cardíacos de audiências ao redor do mundo. O trabalho – uma espécie de registro existencial universal, segundo o próprio artista – vai ganhando forma a medida que esses registros públicos vão sendo adicionados ao arquivo permanente do artista, instalado na remota ilha japonesa Teshima.

Em Heartbeats, o processo se inverte: em vez de coletar as batidas dos visitantes, Boltanski compartilha suas próprias. Por meio de amplificadores, os sons ressoam pelo ambiente convidando o público para um mergulho no coração do artista. O órgão, comumente associado ao símbolo da vida, se apresenta aqui como elo comum ao mesmo tempo que compõe a singularidade de todos os seres.

Arquivos e diretórios fazem parte do fascínio do artista desde os anos 1960. Para Boltanski, eles representam grandes paradoxos: se por um lado são uma forma potente e preciosa de reconquistar as perdas, por outro são passíveis de limitações e inverdades. A partir deles, seus trabalhos lançam reflexões acerca da morte, da passagem do tempo e da luta pela conservação das “pequenas memórias emocionais”. Para ele, essas últimas confrontam aquelas registradas em livros de história por serem as grandes colecionadoras das particularidades das experiências humanas.

Christian Boltanski nasceu em 1944, em Paris e atualmente vive e trabalha em Malakoff, na França. Escultor, fotógrafo, pintor e cineasta, é considerado hoje um dos mais consagrados artistas contemporâneos. O francês foi vencedor de diversos prêmios incluindo o Kaiser Ring, Goslar, em 2001, o Praemium Imperiale Award pela Japan Art Association, em 2007, e mais recentemente o Generalitat Valenciana’s International Julio González Prize, este ano. Participou das principais mostras de arte do mundo como a Documenta (1972, 1977 e 1987) e a Bienal de Veneza (1980, 1993, 1995 e 2011) e teve grandes retrospectivas e individuais nas mais renomadas instituições de arte incluindo o Centre Georges Pompidou, em Paris, os museus de arte contemporânea de Chicago e de Los Angeles, o Park Avenue Armory, em Nova Iorque e Serpentine e Whitechapel Gallery, em Londres. Boltanski também tem trabalhado com projetos de teatro incluindo Théâtre du Châtelet, em Paris, e o Ruhr Triennale, na Alemanha.

Baró Galeria abriu suas portas em 2010 e desde então se estabeleceu como referência em arte internacional no circuito brasileiro. Dirigida pela espanhola Maria Baró, a galeria busca aprofundar o diálogo entre artistas, curadores, colecionadores e instituições culturais através, principalmente, de trabalhos site-specific. Em sua nova fase, a galeria volta sua atenção para grandes artistas que despontaram entre os anos 1970 e 1980, como o filipino David Medalla, o mexicano e ex-integrante do grupo Fluxus Felipe Ehrenberg, o brasileiro Almandrade, o chinês Song Dong e agora o francês Christian Boltanski.

Serviço

Christian Boltanski: Heartbeats