Facões, serrotes, grades, cartões postais…: PATRICK HAMILTON

Overview

A última produção do artista chileno Patrick Hamilton remete a uma constante na sua obra: a manipulação de objetos e imagens com alto simbolismo social, econômico e cultural.

Os facões e serrotes são ferramentas de trabalho de uma economia primária cuja imagem tem quase se tornado invisível no atual sistema produtivo. As grades, objeto de defesa e corte da arquitetura contemporânea, mostram outro interesse do artista, a violência implícita na atual divisão social imposta pelas desigualdades sociais.

O uso destes elementos nas instalações de Patrick procura a “liberação do objeto” e, ao mesmo tempo recoloca em destaque estes instrumentos que se tornaram quase invisíveis na paisagem cultural de hoje.

Em ocasião ao Bicentenário do Chile, Hamilton criou a série “Postales”. Os cartões funcionam como uma janela promocional turística, mas são versões idílicas, manipuladas e quase surrealistas de um mundo que na realidade não existe e que esconde conflitos sócias e territoriais. Com o recorte, perfuração e manipulação feitos pelo artista revela, desta maneira, a fragilidade dessa imagem e de suas representações.

Hamilton cria nestas situações de ‘cortes’ e ‘rupturas’ revelações de sistemas sociais e arquitetônicos contemporâneos com referencias à dês-construções e recriações de seu pensamento em constante diálogo com as obras do americano Gordon Matta Clark.

Patrick Hamilton (Lovaina, 1974) pertencente a última geração de artistas chilenos vinculado à arte neoconceitual. Graduado em pintura, sua produção se amplia a fotografia e instalações. Sua trajetória, desde a primeira mostra em 1996 até os últimos trabalhos, se caracteriza em termos formais e materiais,pelo uso do objeto como suporte de expressão, o espaço urbano como rede e a reflexão sobre a linguagem fotográfica.

Principais mostras: 2008, Patrick Hamilton, Museu de Arte Contemporanea, Fortaleza, Brasil; 2007, The Sanhattan Project, Galleria Prometeo, Milão, Itália; Patrick Hamilton, KBK Arte Contemporáneo, México DF, México; 2006, Objetos en Transito, Sala Gasco Arte Contemporáneo, Santiago, Chile;

Seleção de exposições coletivas: 2010, Proyecto Ideal, Museo de Arte Contemporáneo, Santiago, Chile; Arsenal, Baró galeria. 2009, I Trienal de Artes Visuales, Museo de Arte Contemporáneo (MAC), Santiago, Chile; A pari passo, Novalis Contemporary Art, Torino, Itália; The Man Who Fell to Earth, T Art Center, I Beijing 798 Biennale, China; X Bienal de la Habana, La Havana, Cuba; 2007, IV Bienal VentoSul, Memorial de Curitiba, Curitiba, Brasil; I Bienal del Fin del Mundo, Ushuaia, Argentina; Daniel López Show, Roebling Hall Gallery, Nova Iorque, EE.UU; 2005, From the other site/side, National Museum of Contemporary Art, Seul, Coréia; 2004, XXVI Bienal de Sao Paulo, São Paulo, Brasil; 2001 VII Bienal de Cuenca, Museo de Arte Moderno, Cuenca, Equador; 2000, L’ Art dans le monde, Les Musées de la Ville de Paris, Paris, França; 1999, II Bienal do Mercosul, Porto Alegre, Brasil.

 

 

 

 
 
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